Os exemplos mais antigos são os que formam figuras geométricas utilizando o estilo kufi geométrico. Enquanto entre as composições com estilos cursivos, são clássicas aquelas que reproduzem animais ou frutos. Um subgênero também clássico são os desenhos espelhados, composições em que o desenho é duplicado e refletido como continuação do original simbolizando as duas dimensões do ser humano: corpo e alma.
Caligrama Kufi geométrico representando uma mesquita |
Bismallah duplo refletido |
Entre as composições calígráficas, também merece destaque também a tughra (em turco tuğra) ou assinatura estilizada dos sultões otomanos que era utilizada nos cabeçalhos de documentos oficiais como um selo oficial ou monograma real. As tughras tem uma forma característica mais comum sendo que o único detalhe variável entre elas é o nome do sultão a que representam.
Tughra do Sultão Selim II |
Os caligramas estão mais relacionados ao misticismo islâmico mas se tornaram populares entre muitos calígrafos importantes na Turquia, Pérsia e Índia do séc. XVII em diante. Embora sejam impressionantes em aparência, os caligramas nunca foram reconhecidos com uma expressão nobre de arte pelos mestres calígrafos. Muitas dessas composições eram produzidas por calígrafos mais populares ou para o interesse de pessoas mais comuns.
Caligrama de Ali (o "leão de Deus" segundo os xiitas) |
Nos ensinamentos da caligrafia, a imagem figurativa é usada para auxiliar na visualização da forma das letras, por exemplo a letra ha' se parece no estilo nasta'liq com dois olhos. A visão das letras na literatura e na poesia como reflexos do mundo natural vem dos tempos Abássidas.
Alguns dos mestres do gênero caligrama na contemporaneidade são os calígrafos Hassan Massoudy e Wissam Shawkat.
(Baseado em Wikipedia)
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